Prefeitura de Teresina enfrenta crise financeira e está inadimplente no Cadin, diz futuro secretário
Em entrevista à TV Clube, o futuro secretário de planejamento do município, Marco Antônio Ayres, explicou que a inclusão de Teresina no Cadin ocorre, princ...
Em entrevista à TV Clube, o futuro secretário de planejamento do município, Marco Antônio Ayres, explicou que a inclusão de Teresina no Cadin ocorre, principalmente, devido à dívida acumulada de aproximadamente R$ 800 milhões. Teresina sofre com lixo nas ruas e futuro secretário de planejamento fala sobre situação Na última quarta-feira (13), durante reunião com o secretariado, o prefeito eleito de Teresina, Silvio Mendes (União Brasil), revelou que a prefeitura está inadimplente no Cadastro Informativo de Créditos não Quitados do Setor Público Federal (Cadin), uma espécie de “Serasa” para órgãos públicos. A situação compromete a capacidade do município de firmar convênios e receber novos repasses federais, impactando diretamente obras e serviços. A expectativa é de um ano para regularização. Em entrevista à TV Clube nesta quinta-feira (14), o futuro secretário de planejamento do município, Marco Antônio Ayres, explicou que a inclusão de Teresina no Cadin ocorre, principalmente, devido à dívida acumulada de aproximadamente R$ 800 milhões. ✅ Siga o canal do g1 Piauí no WhatsApp “A metade dessa conta está na Saúde. A prefeitura tem contratos por executar, que foram executados e não foram pagos. Então, a dívida existe. São dívidas com os fornecedores de toda qualidade. De remédio, e por isso que está faltando remédio em hospital, dívidas com o fornecedor de merenda escolar, dívida com a empresa de lixo também”, disse. O futuro gestou disse ainda que, por causa da inadimplência, Teresina deixará de repasses federais assegurados e de bancos internacionais que eram para vir para a prefeitura. “Não vão poder vir porque a prefeitura por irresponsabilidade de ter perdido prazos, entrou no Cadin”, afirmou. Compartilhe esta notícia no WhatsApp Compartilhe esta notícia no Telegram Ele ressaltou que a inadimplência com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), estimada em R$ 70 milhões, é uma das principais causas da inclusão do município no Cadin. Obras paralisadas Entre as obras que estão paralisadas por falta de repasse estão a segunda ponte do Poty Velho, o Parque Floresta Fóssil e a Marginal Sul. De acordo com Ayres, essas obras contavam com financiamentos federais e internacionais, como recursos do Orçamento Geral da União (OGU) e do Banco Andino (CAF). “Nós temos paralisação em obras por causa da incompetência da gestão, como a obra da Universidade Federal que tem recurso em caixa, mas mão pode receber por estar no Cadin”, confirmou. Medidas de contenção Diante dessa situação, foi anunciado que a nova gestão adotará medidas de contenção para reequilibrar as finanças. Estão previstos cortes em despesas consideradas não prioritárias, suspensão temporária de concursos públicos e uma revisão nos contratos vigentes. A prioridade será, segundo o futuro secretário Ayres, retomar os pagamentos a fornecedores de áreas essenciais, como saúde e coleta de lixo. “O prefeito determinou fazer um mutirão de limpeza, independente de quem esteja na frente do serviço. Isso aí é prioritário do ponto de vista de infraestrutura. Mas, o prioritário mesmo, é remédio em hospital que está faltando. Então ele vai cortar toda a despesa desnecessária, concurso público, não vai ser feito tão cedo enquanto a gente não regularizar”, informou. Segundo Ayres, a estimativa é que a cidade leve cerca de 12 meses para se recuperar financeiramente e retornar à normalidade nos serviços essenciais e nas obras. Marco Antônio Ayres - Secretaria Municipal de Planejamento (Semplam) Izabella Lima/g1PI Estagiária sob supervisão 📲 Confira as últimas notícias do g1 Piauí 📲 Acompanhe o g1 Piauí no Facebook, no Instagram e no X VÍDEOS: Assista às notícias mais vistas da Rede Clube O